segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Chineses lançam plano de alta tecnologia para monitorar pessoas

Esta é uma forma do governo controlar a população no futuro

Pelo menos 20 mil câmeras de vigilância policiais estão sendo instaladas nas ruas, no sul da China, e em breve serão controladas por um programa sofisticado de computador de uma empresa financiada por americanos para reconhecer automaticamente os rostos de suspeitos da polícia e detectar atividade incomum. O programa terá início neste mês em um bairro portuário e depois se espalhará por toda Shenzhen, uma cidade de 12,4 milhões de habitantes. A maioria dos cidadãos também receberá um cartão de residência contendo um poderoso chip de computador programado pela mesma empresa.

Os dados no chip incluirão não apenas o nome e endereço do cidadão, mas também seu histórico de trabalho, formação educacional, religião, etnia, ficha criminal, condição do seguro saúde e telefone do senhorio. Até mesmo histórico reprodutivo pessoal será incluído, para aplicação da controversa política "um filho" da China. Planos estão sendo estudados para acrescentar histórico de crédito, pagamentos das passagens de metrô e pequenas compras cobradas no cartão. Especialistas em segurança descrevem os planos da China como o maior esforço do mundo para misturar tecnologia de computador de vanguarda com trabalho policial para monitorar as atividades da população e combater o crime, mas também dizem que a tecnologia pode ser usada para violar direitos civis.

Segurança ou 'Big Brother'?

O governo chinês ordenou que todas as grandes cidades do país apliquem a tecnologia no trabalho policial e emitam cartões de residência de alta tecnologia para as 150 milhões de pessoas que se mudaram para uma cidade mais ainda não adquiriram residência permanente lá. Ambas as medidas visam oficialmente combater o crime e desenvolver melhores controles de uma população cada vez mais móvel, incluindo os quase 10 milhões de camponeses que se mudam para as grandes cidades a cada ano. Mas também podem ajudar o Partido Comunista a reter o poder, mantendo controles severos sobre uma população cada vez mais próspera em um momento em que protestos de rua estão se tornando cada vez mais comuns.

"Se não obtiverem o cartão permanente, eles não poderão viver aqui, não poderão obter os benefícios do governo, e esta é uma forma do governo controlar a população no futuro", disse Michael Lin, o vice-presidente de relações com o investidor da China Public Security Technology, a empresa que fornece a tecnologia.

Fonte: NYT e
Melodia

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